O lado B de Tattoo You: Esta música não parece ser dos Rolling Stones

Fernando Marques
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Rolling Stones - Tattoo You
Rolling Stones - Tattoo You


Já fizémos a experiência, e mesmo alguns fãs versados na banda têm dificuldade em identificar à primeira quem é que está a tocar. Ouvir o lado B de Tattoo You, uma pérola dos Rolling Stones que podemos encontrar no álbum lançado em 1981, é uma experiência emocionalmente rica e introspectiva. 


Ao contrário do lado A, mais otimista e enérgico, que está repleto de hinos de estádio como “Start Me Up”, o lado B dá uma volta mais reflexiva e comovente. Muitas vezes referido como o “lado lento”, mostra a profundidade, a maturidade e a capacidade da banda de transmitir emoções cruas.


A viagem começa com “Worried About You”, uma balada assombrosa marcada pelo falsete de Mick Jagger e pelo trabalho de guitarra de Keith Richards. A faixa exala vulnerabilidade, dando o tom para a vibração introspectiva do lado B do disco. Segue-se “Tops”, que mistura melodias exuberantes e letras evocativas, dando ao ouvinte uma sensação de saudade e nostalgia.


“Heaven” é um destaque etéreo, destacando-se pela sua produção sonhadora e abordagem minimalista. A linha de baixo hipnótica e os vocais íntimos e quase sussurrados de Jagger criam uma atmosfera meditativa que parece uma experiência fora do corpo. É diferente de qualquer outra coisa na discografia dos Rolling Stones, mostrando a sua vontade de experimentar.


O lado continua com “No Use in Crying”, uma faixa de blues que captura o desgosto com honestidade pungente. A repetição no refrão reforça o peso emocional da canção, puxando o ouvinte mais profundamente para a sua melancolia. Finalmente, o disco termina com “Waiting on a Friend”, uma ode intemporal ao companheirismo e à ligação humana. Com o icónico solo de saxofone de Sonny Rollins, a faixa é quente e redentora, deixando o ouvinte com uma sensação de paz e encerramento.


O lado B de Tattoo You não é apenas uma coleção de canções; é uma viagem através da introspeção, vulnerabilidade e beleza tranquila. Destaca um lado mais suave e emotivo dos Rolling Stones, provando que mesmo as lendas do rock podem dominar a arte da subtileza. Para os ouvintes que apreciam profundidade e ressonância emocional, este lado do álbum é nada menos que um tesouro.


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