Bjork defende que a cultura do streaming "mudou uma geração inteira de artistas" e fala do impacto negativo do Spotify.
Durante uma entrevista ao jornal sueco Dagens Nyheter (acesso pago), a artista islandesa não poupou nas críticas aos serviços de streaming de música e, em especial, ao Spotify, destacando o impacto negativo que a empresa sueca tem nos meios de subsistência dos artistas.
Björk falava no âmbito da apresentação do seu novo filme-concerto, "Cornucopia" (baseado na tourné mais recente da artista, iniciada em Lisboa), que acaba de estrear nos serviços de streaming Apple Music e Apple TV+, antes da versão completa chegar às salas de cinema.
Durante a entrevista, a cantora juntou-se às vozes de vários artistas mediáticos num coro de críticas em relação às plataformas de streaming de música, centrando depois o seu foco no Spotify.
A tecnologia que mudou a sociedade
"A parte ao vivo é, e sempre será, uma grande parte do que faço. Mas sou sortuda porque já não preciso de ganhar dinheiro com digressões, algo que os músicos mais jovens muitas vezes são obrigados a fazer" referiu a artista islandesa, em declarações reproduzidas pelo site SapoMag.
"Nesse sentido” – continuou Bjork – “o Spotify foi, provavelmente, a pior coisa que aconteceu aos músicos. A cultura do streaming mudou toda uma sociedade e toda uma geração de artistas”, acrescentou.
As críticas incidem sobre os valores pagos pelo serviço de streaming sueco, mas passam também pelo que considera ser “uma obsessão pelas tabelas”, geradas pela publicação das métricas sobre músicas e artistas por parte do Spotify.
De resto, o Spotify acaba de anunciar que Bruno Mars se tornou no primeiro artista a atingir os 150 milhões de ouvintes mensais naquela plataforma.
"Como resultado, os músicos sacrificam a integridade artística pelo sucesso instantâneo” defendeu Bjork, citada pela plataforma de notícias de entretenimento UPROXX.
Apesar das críticas, Bjork continua a destacar a sua presença oficial nos serviços do Spotify, Apple Music e YouTube.
