Pink Floyd vendem catálogo à Sony Music e concretizam o 4º maior negócio do género

Pedro Freire
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Discos de vinil

Os Pink Floyd acabam de vender todo o seu catálogo musical à Sony Music por um valor à volta dos 400 milhões de dólares (cerca de 360 milhões de euros).


O acordo abrange também os direitos do nome e os direitos de imagem do grupo britânico, colocando nas mãos da Sony Music os masters de todos os trabalhos do grupo britânico, os direitos sobre o respetivo merchandising e sobre as obras audiovisuais em que tenham participado.


No espólio dos Pink Floyd que agora muda de mãos estão também abrangidos os trabalhos do baterista Nick Mason, do teclista Richard Wright e do vocalista Syd Barrett.


De fora deste acordo ficam os direitos de composição, que continuam a pertencer aos compositores individuais que contribuíram para a obra global do grupo.


Disputa ‘Waters vs Gilmour’ termina


O negócio celebrado com a Sony Music coloca termo a uma disputa de vários anos entre Roger Waters e David Gilmour, que acabou por afastar potenciais compradores e arrastar a concretização do negócio. 

Um dos principais motivos – para além das personalidades dos intervenientes, de questões pessoais e políticas – prendeu-se com a diferente importância que cada músico atribuía às ‘liner notes’ do álbum de 1977 «Animals».


Capa do álbum Animals, dos Pink Floyd


Esta disputa, de resto, levou recentemente Gilmour a admitir que desejava a concretização do negócio sem qualquer interesse financeiro da sua parte: “O meu sonho é poder livrar-me da tomada de decisões e das discussões que acarreta a pertença desse catálogo. (...) Só quero livrar-me do lamaçal em que isto se transformou há já algum tempo”, afirmou o guitarrista em entrevista à Rolling Stone, citado pelo Expresso.

Negócio é o 4º maior de sempre


O acordo celebrado entre os Pink Floyd e a Sony Music entra diretamente para a 4ª posição dos maiores negócios de venda de ‘back catalogues’ entre uma banda/artista e uma editora musical.

Segundo um estudo elaborado pela empresa de ‘backgroud music’ Startlemusic.com, o negócio mais caro até hoje envolveu a passagem do catálogo dos Queen, também à Sony Music, por cerca de 1,3 mil milhões de dólares, valor que exclui os direitos das atuações ao vivo, que se mantêm na posse de Bryan May e Roger Taylor. 

A Sony Music acaba também por estar no centro do 2º e 3º maiores negócios de compra de catálogos musicais de sempre: o Grupo pagou 600 milhões de dólares por metade do catálogo de Michael Jackson e cerca de 500 milhões pelos direitos dos 20 álbuns de Estúdio de Bruce Springsteen.

Eis a lista dos dez maiores negócios de venda dos ‘back catalogues’:

Queen, Sony Music - $1,27 mil milhões
Michael Jackson, Sony Music - $600M (50%)
Bruce Springsteen, Sony Music - $500M
Pink Floyd, Sony Music - $400M
KISS, Pophouse Entertainment Group - $300M
Phill Collins & Genesis, Concord - $300M
Bob Dylan, Universal Music Group - $300M
Tina Turner, BMG - $300M
David Bowie, Warner Chappell Music - $250M
Sting & The Police, Universal Music Group - $250M


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