‘Baby Boomers’ preferem Bowie e Zeppelin, Geração Z ainda gosta de Queen

Pedro Freire
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Jovens a desfrutar de música

Novo estudo realizado nos EUA e no Reino Unido analisou o impacto da música em diversas gerações ao longo de 60 anos.


Se dúvidas ainda houvesse sobre a influência da música da nossa adolescência nas escolhas musicais que fazemos durante as décadas, um novo estudo realizado nos EUA e no Reino Unido vem confirmar exatamente a importância que a audição de música na juventude tem no que ouvimos nos anos seguintes.


Promovido pela
Bose para assinalar o seu sexagésimo aniversário, o estudo ‘60 Years of Music and Emotion’ analisou as respostas de cerca de 6000 fãs de música entre os 18 e os 64 anos, tendo como base um conjunto de perguntas sobre os géneros musicais e os artistas icónicos preferidos, bem como sobre o processo de descoberta da música.


As conclusões mostram dois tipos de relação dos utilizadores com a música: 80% dos inquiridos afirmaram que a sua década de música preferida
é a da adolescência e dos seus 20 anos, mas 75% dos participantes referem estar também abertos à descoberta de músicas e artistas de outras gerações.

Entre Bowie, Queen, Beyoncé e Taylor Swif


Comum a todas as gerações inquiridas é, assim, o efeito que a nostalgia tem no que consideram ser “boa música”.
 

Se os ‘baby boomers’, em plena adolescência nos anos 70, admitiram que David Bowie, Led Zeppelin e Elton John continuam a dominar as suas playlists musicais, já 2Pac, Madonna e Metallica são os preferidos dos utilizadores da Geração X.
 

Mesmo com a ideia de que a música da adolescência era a melhor, o estudo ‘60 Years of Music and Emotion’ revela também casos em que as preferências das gerações incidem em artistas e bandas anteriores à sua geração.
 

É o caso dos nascidos entre 1998 e 2012: "A Geração Z acredita que a música costumava ser melhor do que é hoje, com quase 50% a favorecer os anos 90 e 2000 como as décadas sem as quais não se imaginam a viver”, refere o estudo.

No entanto, são artistas e grupos como Michael Jackson, 2Pac e Queen que dominam as preferências dos utilizadores desta geração.


Diferentes noções de ícones musicais

O estudo da Bose estabelece também uma comparação entre a importância dos nomes maiores da música da atualidade e dos ícones musicais de outras décadas.
 

Mesmo com toda a mediatização de artistas como Beyoncé e Taylor Swift, que movem milhões e milhões de fãs, a verdade é que foram nomes como os Queen e os Beatles a surgir como os mais icónicos (o que, diremos nós, fará sentido até pela longevidade da sua música no mercado).
 

E como nem tudo são opiniões convergentes, o trabalho 60 Years of Music and Emotion’ destaca uma diferença geracional mais notória associada ao... Hip-Hop.

Refere o documento que este "reina como o género derradeiro para levar para uma ilha deserta” para a Geração Z, mas é apenas o terceiro escolhido para os Millennials, o 7º para a Geração X e o 16º para os ‘Boomers’.
 

Em jeito de conclusão, a Bose destaca a sua contribuição para explorar a reprodução da música, como algo “profundamente ligada à memória e à emoção”, e à forma como “moldou as nossas vidas ao longo das gerações; o nosso estudo revela como a música nos liga, define quem somos e como nos relacionamos com o mundo. A música não é apenas música; é uma força poderosa que nos une”.



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