Novo estudo realizado nos EUA e no Reino Unido analisou o impacto da música em diversas gerações ao longo de 60 anos.
Se dúvidas ainda houvesse sobre a
influência da música da nossa adolescência nas escolhas musicais que fazemos
durante as décadas, um novo estudo realizado nos EUA e no Reino Unido vem confirmar
exatamente a importância que a audição de música na juventude tem no que
ouvimos nos anos seguintes.
Promovido pela Bose para assinalar o seu sexagésimo
aniversário, o estudo ‘60 Years of Music and Emotion’
analisou as respostas de cerca de 6000 fãs de música entre os 18 e os 64 anos, tendo como base um conjunto de perguntas
sobre os géneros musicais e os artistas icónicos preferidos, bem como sobre o
processo de descoberta da música.
As conclusões mostram dois tipos de
relação dos utilizadores com a música: 80% dos inquiridos afirmaram que a sua
década de música preferida é a da adolescência e dos
seus 20 anos, mas 75% dos participantes referem estar também abertos à
descoberta de músicas e artistas de outras gerações.
Entre Bowie, Queen, Beyoncé e Taylor Swif
Comum a todas as gerações inquiridas
é, assim, o efeito que a nostalgia tem no que consideram ser “boa música”.
Se os ‘baby boomers’, em plena
adolescência nos anos 70, admitiram que David Bowie,
Led Zeppelin e Elton John continuam a dominar as suas playlists musicais, já
2Pac, Madonna e Metallica são os preferidos dos utilizadores da Geração X.
Mesmo com a ideia de que a música da
adolescência era a melhor, o estudo ‘60 Years of Music
and Emotion’ revela
também casos em que as preferências das gerações incidem em artistas e bandas
anteriores à sua geração.
É o caso dos nascidos entre 1998 e
2012: "A Geração Z acredita que a música costumava ser melhor do que é
hoje, com quase 50% a favorecer os anos 90 e 2000 como as décadas sem as quais
não se imaginam a viver”, refere o estudo.
No entanto, são artistas e grupos
como Michael Jackson, 2Pac e Queen que dominam as preferências dos utilizadores
desta geração.
Diferentes noções de ícones musicais
O estudo da Bose estabelece também
uma comparação entre a importância dos nomes maiores da música da atualidade e
dos ícones musicais de outras décadas.
Mesmo com toda a mediatização de
artistas como Beyoncé e Taylor Swift, que movem milhões
e milhões de fãs, a verdade é que foram nomes como os Queen e os Beatles a
surgir como os mais icónicos (o que, diremos nós, fará sentido até pela
longevidade da sua música no mercado).
E como nem tudo são opiniões convergentes, o trabalho ‘60 Years of
Music and Emotion’ destaca uma diferença geracional mais notória associada
ao... Hip-Hop.
Refere o documento que este "reina como o género derradeiro
para levar para uma ilha deserta” para a Geração Z, mas é apenas o terceiro escolhido
para os Millennials, o 7º para a Geração X e o 16º para os ‘Boomers’.
Em jeito de conclusão, a Bose destaca a sua contribuição para explorar a reprodução da música, como algo “profundamente ligada à memória e à emoção”, e à forma como “moldou as nossas vidas ao longo das gerações; o nosso estudo revela como a música nos liga, define quem somos e como nos relacionamos com o mundo. A música não é apenas música; é uma força poderosa que nos une”.