Ecrãs de TV: melhor ou maior?

 

Perante um dado orçamento, o que é que é melhor: um ecrã grande ou um ecrã mais pequeno, mas de melhor qualidade? A pergunta tem, uma rasteira porque, na realidade, não existe resposta "certa" – irá depender da pessoa a quem perguntarmos.

Mas, se a pergunta me fosse feita a mim, a resposta seria rápida: prefiro o ecrã maior. E explico porquê.

Primeiro que tudo, defendo que hoje (2024) já não há ecrãs maus. Ou seja, mesmo as gamas baixas  de cada fabricante oferecem já uma qualidade muito boa. Claro que se fizermos comparações lado-a-lado iremos descobrir diferenças! Mas, uma vez instalado em nossa casa, o televisor irá oferecer uma qualidade satisfatória; e, muitas vezes, as diferenças nem sequer são tanto em termos de qualidade, mas de funcionalidades.

Isto nem sempre foi assim. Quando, no início deste século, fui diretor da revista Vídeo & DVD, fiz análises a ecrãs objetivamente maus. E a diferença de qualidade entre um ecrã "bom" e um ecrã "mau" era mesmo muito grande. Pelo contrário, hoje as comparações são mais entre ecrãs muito bons e ecrãs menos bons. Mas mesmo "maus"? A menos que estejamos a falar de TVs HD Ready de 99€ compradas no supermercado da esquina, não estou a ver...

Quando me perguntam, oh António, tenho 'x' euros para gastar, o que é que devo comprar?, a minha resposta é sempre a mesma: compra o maior ecrã que couber na tua sala! E, quando as pessoas me olham de lado, com ar suspeito, insisto: porque é que vamos ao cinema ver filmes? Duvido que seja pelas pipocas e pela cola... Vamos, porque queremos ver um filme num ecrã gigante (e sim, também pelo som, mas isso fica para outro dia).

E, não, a imagem não é melhor do que a que temos em casa! É, isso sim, maior, muito maior. Qualquer bom televisor moderno (mesmo de gama baixa) oferece uma qualidade de imagem superior à do cinema – já para não falar da resolução: enquanto em casa podemos desfrutar de conteúdos 4K, sabiam que a resolução na esmagadora maioria das salas de cinema é pouco superior a 1080p? Pois...

Mas não vão por mim. Caleb Denison, especialista em cinema-em-casa do canal Digital Trends tem opinião semelhante. E vocês? Deixem aqui os vossos comentários!